Esquisito. Foi a primeira impressão que se estendeu pelos dez ou doze primeiros looks, e o que antes parecia diferente demais para o “gosto comum” começou a trazer certo sentido, marcado pelos elementos que principiaram a surgir na moda há não muito tempo, influenciados pelo metaverso, pela originalidade e mais ainda, pela vontade de se transformar, num momento quase pós-pandemia, que busca retomar o tempo perdido e toda a criatividade guardada. Peças exclusivas marcaram a “new era” da marca, apelando para inovação, tecnologia e designs arquitetônicos em conversa com a tradição da moda Dior.
Fotos de divulgação / Runway
As cores vivas e marcantes como o azul e o amarelo nos sapatos e luvas, trouxeram certo desconforto à primeira vista quando combinados com o visual all-black, mas com o decorrer do desfile tornou-se algo prazeroso de ver, dando ao público o tempo necessário para se adaptar à ideia de que agora, o outono e o inverno também são coloridos.
Além das silhuetas conhecidas da Dior, o volume com pads nas cinturas, apenas reforçou algo já visto anteriormente na passarela da Louis Vuitton S/S 2022 em Paris: volume nos quadris. Alguém mais se lembrou das anquinhas do final do século XIX? E não muito distante, o peplum que dava volume às cinturas? Pois ele também esteve presente na passarela adornando os blazers.
A zona mais “comum” ficou por conta das estampas que destacaram as saias assimétricas , além de casacos e calças, dando um toque mais elegante e feminino às peças mais estruturadas e futuristas.
Foi um show que refletiu o momento atual. A busca por conforto e ao mesmo tempo originalidade é algo ao qual teremos de nos adaptar, pois tudo está mudando.
Comments